BÁTEGA /2026

Equipa • CML RAAML 2025

EXPERIÊNCIA EM PROJETOS IDÊNTICOS

BÁTEGA inscreve-se num percurso artístico que tem sido marcado por uma experimentação sistemática dos limites do teatro — os seus limites físicos, técnicos e simbólicos. A Trilogia do Espaço (ARENA / 2021, EQUADOR / 2023, ZÉNITE / 2024) representa, neste sentido, a fundação prática e conceptual sobre a qual se constrói esta nova criação.

ARENA estreou numa garagem devoluta no centro de Lisboa, onde durante vários meses transformámos uma oficina em palco. O espetáculo propunha, sem palavras, uma assembleia entre corpos — humanos, estranhos, espectrais — e inaugurava uma prática de criação em diálogo íntimo com o espaço, a arquitetura e a cidade.

EQUADOR, criado para a Blackbox do CCB, foi pensado como o confronto entre a norma e o desvio, entre a autoridade e a fragilidade, entre a arquitetura institucional e a espontaneidade do erro. O trabalho de corpo, o improviso e o pensamento cenográfico foram aqui testados em condições de extrema depuração.

ZÉNITE radicalizou essa pesquisa: ergueu-se um teatro portátil a partir dos escombros do Teatro Nacional D. Maria II — o Teatro Zénite — numa ruína junto ao rio Trancão. Este gesto, simultaneamente simbólico e logístico, permitiu criar um espetáculo ao ar livre, com três palcos naturais distintos (miradouro, rio, ruína), exigindo da equipa artística uma adaptação constante ao território, ao clima, à luz e às suas imprevisibilidades.

Em todas estas experiências, enquanto diretor artístico, fui responsável pela conceção, acompanhamento e execução dos projetos — da ideia ao ensaio, do espaço à receção do público. Estas criações operam, como BÁTEGA, na fronteira entre teatro e território, entre dramaturgia e contexto, entre gesto artístico e reinvenção infraestrutural. Não são espetáculos sobre lugares — são espetáculos a partir deles, com eles, dentro deles.

A realização de BÁTEGA, espetáculo com o mar como palco, surge assim como desdobramento coerente, mas também desafiante, dessa linha de investigação. A experiência acumulada com estas três criações anteriores é o que nos permite, agora, enquanto equipa, habitar este novo risco com rigor, profundidade e lucidez.

A outro AC tem adotado, para os projetos mais recentes, uma estratégia mista entre a continuidade das suas equipas habituais, altamente preparadas para a execução de um projeto como BÁTEGA, e a contratação de novos colaboradores. Esta abordagem confere à equipa a robustez necessária para um trabalho que é, apesar de tudo, familiar, ao mesmo tempo que continua a promover o acesso a outros profissionais do setor. Neste sentido, tem sido prática em todos os projetos a abertura de candidaturas para várias funções na equipa. Para BÁTEGA, prevemos, duas vagas de intérprete definidas por audição.

Sílvio Vieira assumirá a Direção Artística e de Projeto, em linha com o relevante trabalho anterior. Daniela Leitão, produtora executiva de ZÉNITE, estará a cargo da Direção de Produção.

Tendo em conta a especificidade do trabalho, a constituição da equipa seguiu dois eixos essenciais:

  1. Criação — com a contratação de um grupo de intérpretes amplamente experientes nas áreas do movimento (Gaya de Medeiros), da arte circense/teatro mudo (Inês Campos e Anabela Ribeiro) e do teatro em espaços não convencionais (Catarina Rabaça, Tadeu Faustino); o cenógrafo Rafael dos Santos e a figurinista Marine Sigaut, dando continuidade ao trabalho de ambos para ZÉNITE, semelhante a BÁTEGA em todos os aspetos essenciais;

  2. Segurança* — através da contratação dos serviços do engenheiro Fernando Rodrigues para a elaboração do Plano de Segurança, instrumento essencial ao licenciamento do espetáculo; e da nadadora-salvadora e atriz Mariana do Ó.

*Neste ponto, estabelecemos ainda parcerias com a Âncora, associação de nadadores-savadores da Praia da Fonte da Telha, e com a IBERMETEO, empresa amplamente referenciada no setor audiovisual, que fornece previsões meteorológicas de elevada precisão.

Para a captação e registo audiovisual, optamos por dar continuidade a Bruno Simão (fotógrafo com largos anos de experiência), António Mendes para registo do espetáculo (realizador do registo de ARENA, disponível online; e de ZÉNITE, em pós-produção) e Carlos Conceição, aclamado cineasta português, para a realização de vídeos promocionais e de um pequeno filme documental do processo de trabalho. Os meios técnicos de vídeo e de pós-produção são cedidos pela produtora MIRABILIS.

NOTAS BIOGRÁFICAS

DIREÇÃO ARTÍSTICA

Sílvio Vieira nasceu em Leiria em 1994. Estudou Sociologia no ISCTE-IUL e é licenciado em Teatro pela ESTC-IPL. Iniciou o seu percurso como ator no Teatro da Cornucópia, sob direção de Luis Miguel Cintra. No Teatro Nacional D. Maria II integrou o elenco de espetáculos de Álvaro Correia e Miguel Loureiro. Trabalhou com encenadores e realizadores como Ana Zamora, Carlos J. Pessoa, Carlos Conceição, Fernando Vendrell, Manuel Pureza, Guilherme Gomes, João Leão, Ricardo Neves-Neves e Tiago Guedes. Como professor, orientou um laboratório de curta duração na Escola Superior de Teatro e Cinema e lecionou teatro na Escola Profissional de Teatro de Cascais, e é formador de teatro na associação Ser+ de prevenção e desafio ao VIH desde 2019. Dos seus primeiros trabalhos autorais destaca a cocriação do primeiro espetáculo da companhia de teatro As Crianças Loucas, da qual faz parte desde 2017; e o texto e cocriação de "Dentro³" para a Fábrica das Artes-CCB. Cofundador, Diretor Artístico e de Projeto da outro AC, assinou o texto e cocriação do primeiro espetáculo dessa companhia — “as árvores deixam morrer os ramos mais bonitos" — peça com a qual foi autor selecionado pelo comité português da rede de tradução europeia EURODRAM em 2020. Entre 2021 e 2024, cria uma trilogia de espetáculos que dialogam intimamente com o espaço de apresentação: ARENA (2021), um espetáculo de teatro sem palavra construído numa antiga oficina de automóveis em Lisboa; EQUADOR (2023, Centro Cultural de Belém, Prémio SPA de Melhor Atriz de Teatro para Rita Cabaço), e ZÉNITE (2024, ao ar livre no vale do Rio Trancão, em coprodução com o TNDMII). Deste último espetáculo surgiu o Teatro Zénite, uma plateia móvel de 35 blocos de cimento feita com o entulho das obras do Teatro Nacional D. Maria II. 2025 dá início a uma nova fase de criação: a Trilogia Azul, com os espetáculos ATLAS (2025), BÁTEGA (2026) e SUPERNOVA (2027), inspirados no horizonte, no mar e no céu, respetivamente.

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO

Daniela Leitão nasceu em Almada, em 1993. Licenciada em Ciências da Comunicação, na vertente de Cinema e Televisão, possui também o curso de Produção e Marketing Audiovisual da RESTART. Iniciou o seu percurso profissional no cinema enquanto assistente de produção de José Fonseca e Costa, Benoit Jacquot e Fanny Ardant;  e chefe de produção de Laurence Ferreira Barbosa, António Botelho, Dennis Berry, Rita Nunes e Vicente Alves do Ó. Em 2018, assumiu o cargo de diretora de produção da CTL – Cultural Trend Lisbon, liderando a gestão de diversos projetos de relevância no panorama cultural português como o Festival e Convenção MIL Lisboa, Casa do Capitão, Musicbox, Circuito r Circuito Lisboa. Em 2024, enveredou também pelas artes performativas, colaborando na produção de “ZÉNITE”, de Sílvio Vieira, “Cafezinho” e “Corre, bebé” (2025) de Gaya de Medeiros, e ainda “A Invenção do Amor” (2025) de Ana Cris. Colabora frequentemente na elaboração de candidaturas para fundos e apoios nacionais e europeus. Enquanto produtora e gestora de projetos, procura utilizar a sua experiência multidisciplinar para o desenvolvimento e promoção de novos modelos de produção criativa baseados em gramáticas de cuidado e afeto que fortaleçam a comunidade artística e cultural. Apesar das evidências do seu carácter prático, é às histórias — que lê e que conta — a quem deve o sonho. Foi vencedora da 9ª edição do Prémio de Literatura Infantil do Pingo Doce com o conto “O Avô Minguante” e, em 2023, ganhou a Bolsa de Criação Literária da DGLAB, durante a qual desenvolveu o seu primeiro romance “Entre os dentes”, de momento em fase de revisão. Em 2024, co-escreveu a curta-metragem “Pombo de Rua” para o 48 Hour Film Project, a qual recebeu a Menção Honrosa na categoria Cinema for Inclusion. Ao momento, divide o seu tempo entre a escrita, o cinema e a produção cultural.

ELENCO

Anabela Ribeiro nasceu em Guimarães, em 1990. É licenciada em Teatro (Actores) pela Escola Superior de Teatro e Cinema (2016) e em Estudos Artísticos pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2012). Iniciou o seu percurso teatral em 2010, integrando o CITAC – Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra. Ao longo da sua carreira, recebeu formação com diversos nomes do meio artístico e performático, como Wojtek Ziemilsky, Vânia Rovisco, Rodrigo Santos, Pedro Fabião, Nuno Gil, Manoel Barbosa, Mafalda Saloio, Luís Miguel Cintra, Luca Aprea, Jean Paul Bucchieri, Inês Vicente, Inês Lua, Howard Sonenklar, Gilberto Oliveira, Francisco Salgado, David dos Santos, Andrés Bezares, entre outr_s. Como atriz, tem participado em vários projetos de destaque, incluindo: Hitchcock Blondes (2020), A Mulher que Viveu Apenas Uma Vez (2019), de Silvestre Correia, A Gaivota (2019), de Pedro Baptista, Há um Núcleo Estático no Interior do Caos (2023), Fogo-Fátuo (2021), de Patrícia Moreira, fundadora da Tremor Teatro, Quando eu morrer vou fazer filmes no Inferno (2024), I’m Still Excited (2022), Fuck Me Gently (2020), de Mário Coelho, Equador (2023), Arena (2021), de Sílvio Vieira, fundador de outro., Virgínia (2023), de Vera Santana e Pedro Marujo, e Depois dos Filhos da Puta: Aurora (2017), de Tiago Vieira. Em 2024, integrou a Palhaços d’Opital, realizando visitas artísticas em hospitais com o foco no público idoso e pessoas com demência. No cinema, destaca-se pelas participações em Dias de Nevoeiro, de Francisco Carvalho (2023), e I See Red (2023), de Silvestre Correia.

Catarina Rabaça nasceu em Lisboa, em 1994. Fez o curso de interpretação na Escola Gil Vicente e licenciou-se em Teatro - ramo atores - na Escola Superior de Teatro e Cinema. Trabalhou como intérprete com Marta Lapa, Carla Bolito, Patrícia Pinheiro, Miguel Seabra, João Cachola, Sílvio Vieira, Natália Luíza, Gonçalo Botelho, Luca Aprea, João Ricardo, Faustino Alves, Ricardo Neves-Neves, João Reis, Miguel Mateus e Vicente Wallenstein. Fez assistência de encenação a Maria Duarte, Álvaro Correia e Rodrigo Aleixo. Em cinema trabalhou com Pedro Cabeleira, Pedro Ramalhete e Sofia Santa-Rita. Foi actriz permanente da associação Corações com Coroa, com quem colaborou entre 2019 e 2023. Atualmente é membro da direcção da companhia de teatro As Crianças Loucas.

Gaya de Medeiros nasceu no Brasil, em 1990. É bailarina, coreógrafa e produtora. Interessada em pesquisar os cruzamentos entre a palavra e o corpo, o privado e o público, o íntimo e o social, Gaya pergunta-se sobre o lugar do drama na contemporaneidade. Cursou Cinema de Animação na UFMG/BR e, nas artes cénicas, estudou dança clássica, contemporânea, jazz e danças urbanas. Estudou, ainda, teatro e butoh com mestres como Denise Stoklos, Tadashi Endo, Roberta Carrieri, Cie Dos a Deux, entre outros. Durante 9 anos, entre 2010 e 2019, atuou como bailarina e co-criadora na Companhia de Dança do Palácio das Artes. Gaya é autora dos espetáculos “BAqUE”, Pai para Jantar”, “Cafezinho” e “Atlas da Boca” – apresentado no Aero Waves 2022 e com extensa circulação internacional, seus espetáculos viajaram por mais de 15 países e 27 cidades. Foi diretora de movimento dos espetáculos “Ciclos” (2018) e “Kolakeia” (2022) e da curta-metragem “Ouro Preto” (2018), premiado no Reel Sisters Film Festival/NY. Em Portugal, trabalhou como bailarina e criadora com Gustavo Ciríaco, Tiago Cadete, Sónia Baptista, Daniel Gorjão, Vítor Hugo, Olga Roriz, Alex Cassal, Silvio Vieira e Rui Horta. Gaya protagonizou a curta Um Caroço de Abacate, dirigida por Ary Zara, onde contracenou com Ivo Canelas, premiado em festivais conceituados pelo mundo e short listed para os Oscars 2023. Em 2021, fundou a BRABA.plataforma, estrutura que viabiliza ações criativas direcionadas e protagonizadas por pessoas trans e/ou não bináries.

Inês Campos nasceu no Porto, em 1990. Teve formação em violoncelo e canto no Conservatório de Música do Porto [2000-2007] e graduou-se na Escola Superior de Dança [2012], completando ainda o PEPPC do Fórum Dança, o curso da Escola Internacional de Teatro Jacques Lecoq [2013], o Curso de Formação de Animadores Musicais [2014] e mais recentemente o Curso de Ritmo com Santiago Vazquez [2023]. Artista interdisciplinar que, interessada em coreografia, cinema, música e artes visuais, cria projetos híbridos onde explora a relação entre o corpo e o seu lugar simbólico através de um imaginário de poesia pragmática, ou realismo mágico, que justapõe o real e o irreal. Como criadora, assina as peças coexistimos [Festival Cumplicidades 2018], Artificiu [Teatro do Bairro Alto 2021] e fio ^ [Fundação Serralves, Festival DDD, Porto 2024]. É co-criadora das peças frente-a-frente com Vahan Kerovpyan [Cultura em Expansão 2024], Castor e Pollux considerate lillia com Teresa Campos [Teatro Municipal do Campo Alegre, Porto 2022], Sublinhar com Marta Cerqueira, e HALE e ELAH com o coletivo internacional thistakestime [2012-2017]. Colabora ou colaborou com Sofia Dias & Vítor Roriz [*Sons Mentirosos Misteriosos,* 2020-2024], Flora Détraz [*Muyte Maker,* 2018-2023], Kalle Nio [*Cutting Edge,* 2016-2018] e Tânia Carvalho [*Icosahedron,* 2011-2018]. No cinema, colaborou no filme de animação *Bau Probe* de João Calixto [2022] e participou em longas-metragens como *A Metamorfose dos Pássaros* de Catarina Vasconcelos [2020], *AMOR FATI* de Cláudia Varejão [2020], *Body-Buildings* de Henrique Câmara Pina [2021], *CURA#1* de Joana Peralta [2023], e quer fazer mais cinema. Na música, é cofundadora das bandas *Sopa de Pedra* [2013], com dois álbuns lançados (*ao longe já se ouvia* e *Do Claro ao Breu*), e *Tigre* [2022], onde intervem como compositora, performer, música e grafista.

Tadeu Faustino nasceu em Lisboa, em 1996. Terminou a Licenciatura de Teatro – Ramo Actores, na Escola Superior de Teatro e Cinema, em 2017. Ao longo do seu percurso, destaca os workshops de Teatro conduzidos por Claúdia Gaiolas, Pedro Lamas, Frédéric da Cruz Pires, Sofia de Portugal, Mónica Calle, Mónica Garnel, Ricardo Neves-Neves, João Fiadeiro, Miguel Seabra e técnica da máscara com Rui M. Silva. Profissionalmente, realça os espetáculos “Encontrar o Sol”, estreado no Teatro São Luiz, e “Karl Valentin Kabarett”, estreado no Teatro da Trindade, ambos com encenação de Ricardo Neves-Neves; o espetáculo “Dona Rosinha a Solteira”, com encenação de Natália Luiza e com apresentação no Teatro Meridional; a participação no projeto “CCC Vai à Escola” - um projeto da Associação Corações com Coroa, com encenação de Natália Luiza; o espetáculo “Sonho de uma Noite de Verão”, encenação de Maria João Luís, Teatro da Terra; o espetáculo “O Beijo de Judas”, encenação de Carlos Avilez, estreado no Teatro Experimental de Cascais; os espetáculos “O Lugre” e “Balada para Sophie”, encenações de Maria João Luís, Teatro da Terra; o espetáculo “Pinóquio e o lençol mágico”, encenado por Patrícia Pinheiro e estreado no Teatro Meridional; deu corpo à personagem Romeu, em “Romeu e Julieta”, encenação de Maria João Luís, pelo Teatro da Terra. Integra o projeto de teatro-fórum, na associação Usina, dinamizado em escolas para alunos do 3º ciclo e secundário, onde se discutem temas da atualidade como sexualidade, identidade de género, bullying e dependências. Destaca ainda o projeto Zénite, encenado por Sílvio Vieira. Enquanto produtor e assistente de encenação releva o seu trabalho no espetáculo “Maráia Quéri”, encenado por Romeu Costa.

CENOGRAFIA

Rafael dos Santos nasceu em Lisboa, em 1998. Concluiu o curso de Cinema e Vídeo na Escola Artística António Arroio e frequentou Ilustração no Ar.co - Centro de Arte e Comunicação Visual. Em 2022, licenciou-se em Teatro, no ramo de Design de Cena, na Escola Superior de Teatro e Cinema, onde cruza as artes plásticas com as artes performativas. Em 2016, fundou uma banda que lançou dois registos e se apresentou ao vivo até 2019. Integrou a programação de diferentes festivais e mostras de cinema com a animação Sábàtina (2020), estreada no festival Indie Lisboa (e apresentada na Cinemateca Portuguesa e em festivais como Caminhos do Cinema Português, Entre Olhares, entre outros). Realizou Not My Kind of Paradise (2021), a partir de Bartleby, the Scrivener, um texto de Herman Melville, e co-cria a curta-metragem A Morte é o Meu Anjo com Laura Garcia, em 2021. Em 2022, colaborou na criação e interpretação em Bauprobe, um filme de João Calixto, estreado na Culturgest, em Lisboa. Em 2023, criou a cenografia de EQUADOR, um espectáculo de Sílvio Vieira, estreado no Centro Cultural de Belém e de ou sonho ou chove de Margarida Queirós, estreado nos Recreios da Amadora e apresentado mais recentemente no Coliseu do Porto, no ciclo Projecções, um projecto do Balleteatro. Em 2024, assinou a cenografia de e uma série de desenhos para ZÉNITE, um espectáculo dirigido por Sílvio Vieira, apresentado ao ar livre, no Vale do Rio Trancão, em co- produção com o Teatro Nacional D. Maria II. Começou a expor o seu trabalho em 2017, em exposições colectivas, destacando-se a Synchronicity, na Plataforma Revólver, em 2022, com curadoria de Pedro Cabral Santo e Hammer Time, na Galeria Zaratan, em 2024. O seu trabalho é mencionado em publicações e artigos de plataformas como Umbigo Magazine, Arte Capital, Time Out Lisboa ou Revista Dobra.

FIGURINOS

Marine Sigaut nasceu em Dijon, França, em 1987. Mestre em Ciências Políticas pelo Instituto de Ciências Políticas de Lyon e licenciada em Direção de Arte para Audiovisual pelo SENAC São Paulo, consolidou-se como uma criadora visual de múltiplas linguagens, transitando entre o audiovisual, as artes cênicas e a moda com um olhar sensível e inovador. Como diretora de arte, assinou produções audiovisuais de grande impacto, colaborando com artistas como YMA, Jesuton, MADU e Trypas Corrassão. No teatro e na performance, sua cenografia ou seu figurino deram forma a universos visuais potentes e memoráveis, em obras como *As Três Irmãs* (dir. Tita Maravilha), *EQUADOR* e *ZÉNITE* (dir. Silvio Vieira), *KDEIRAZ* (performance de Natália Mendonça), *Madrinhas de Guerra* (Keli Freitas) e *Missão da Missão* (coletivo Aurora Negra). Paralelamente, atua como stylist e set designer para shows, editoriais de moda e campanhas publicitárias, trazendo sua assinatura estética sofisticada e uma abordagem narrativa que extrapola o óbvio. Seu trabalho é marcado pela interseção entre arte e identidade, explorando a força da imagem como ferramenta de transformação e expressão.

SEGURANÇA

Fernando Rodrigues (engenheiro de segurança) nasceu em 1967. Licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, iniciou o seu percurso profissional como bolseiro no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, investigando a integração de bases de dados relacionais em programas de desenho automático para apoio a projetos e construção civil. Paralelamente, desenvolveu carreira docente como Professor Associado na Universidade Lusófona e desempenhou funções de formador em Computação Gráfica e Desenho Assistido por Computador. Com uma vasta experiência na área da engenharia, destacou-se como engenheiro projetista e gestor de projetos em diversas empresas, assumindo responsabilidades na coordenação de obras e fiscalização. Desde 2005, colabora com a EGEAC, onde tem sido responsável pelo acompanhamento de obras de manutenção e reabilitação de espaços culturais, bem como pela segurança de eventos públicos, incluindo as Marchas Populares. Especialista em Segurança Contra Incêndios em Edifícios (SCIE), é projetista registado na Autoridade Nacional de Proteção Civil e membro fundador da Associação para a Engenharia de Segurança Contra Incêndios. Participou em conferências e formações sobre reabilitação de edifícios, SCIE e gestão do património edificado, sendo também membro da Comissão Técnica 46 para normalização em engenharia de segurança contra incêndios. Desde 2021, é responsável pela elaboração de planos de evacuação e medidas de autoproteção para eventos culturais.

Mariana do Ó (nadadora-salvadora) nasceu em Lisboa, em 1999. Licenciada em Teatro, ramo atores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema (2019-2022), foi uma das criadoras do espetáculo ‘’IMPUREZAS’’ (CAL, 2024). Fez parte do elenco da longa-metragem ‘’O Conto do Nadador’’, realizado por Filipe Henriques, produzido pela Marginal Filmes (RTP1, 2021). Fez assistência de encenação ao espetáculo ‘’O Diário de Anne Frank’’, encenado pelo Marco Medeiros (Teatro da Trindade, 2022). Integrou o espetáculo ‘’BATUCADA’’ dirigido por Marcelo Evelin (Teatro Municipal Joaquim Benite, 2023). É autora do livro ‘’OVOLÁCTEA’’ (edição de autor, 2023) e, em 2024, participou na École des Maîtres 2024, dirigida por Anne-Cécile Vandalem. Formou-se como Nadadora Salvadora pela entidade formadora 4EMES, sendo certificada pelo ISN - Instituto de Socorros a Náufragos. Em junho de 2024 inicia a sua colaboração com o Complexo Desportivo Supera Barreiro, onde exerce funções até ao momento.

REGISTO AUDIOVISUAL

Carlos Conceição (teasers) nasceu em Angola, em 1979. É um realizador português, licenciado em cinema pela Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa (2006) e em Inglês, com especialização em literatura do Romantismo (2002). É autor de uma monografia sobre J. G. Ballard e outra sobre J. M. Coetzee. Inicia carreira em 2005 com videoclipes musicais, videoarte e instalações, ao mesmo tempo que trabalha com realizadores veteranos entre os quais João Canijo, João Pedro Rodrigues e José Fonseca e Costa. Os seus filmes Boa Noite Cinderela e Coelho Mau tiveram estreia na Semana da Crítica do Festival de Cannes em 2014 e 2017 respectivamente, enquanto Versailles competiu em Locarno, Vila do Conde e Mar Del Plata em 2013. Foi protagonista de retrospectivas na Cinemateca Francesa, no Festival de Curtas de Vila do Conde e no SiciliaQueer em Palermo. Em 2015 o seu trabalho em curta-metragem teve edição DVD em França e em 2023 nos Estados Unidos. Serpentário estreou no Festival de Berlin enquanto Nação Valente teve estreia na competição oficial do Festival Internacional de Cinema de Locarno.

António Mendes (registo vídeo) nasceu em Columbia, Missouri, EUA, em 1991. Frequentou o Mestrado de Engenharia Electrotécnica e Computadores do Instituto Superior Técnico (2009-13), onde colaborou como jornalista para o jornal “Diferencial” e foi presidente do clube de cinema “CinemaParaIST”, tendo representado a juventude portuguesa no programa europeu “27 Times Cinema” no 68° Festival de Veneza (2011). Licenciou-se em Montagem no curso de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema (2017). Em 2017 participou na “Academia RTP 4.0”, projecto focado na criação e desenvolvimento de projectos. Trabalhou como assistente de realização no filme “*Variações”* (2019) de João Maia. Desde 2018 tem colaborado regularmente com a produtora Setenta e Oito, onde desenvolve o seu trabalho como realizador e montador. Destaca as campanhas *Forgotten Team*, premiada com Leão de Ouro do 70º Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions 2023, e *FIFA Bring the Moves* que recebeu 3 pratas e 3 bronzes no 25º Festival CCP 2023. Foi colocado em 2024 no Top 5 Melhores Editores portugueses pelo Clube Criativos de Portugal. Realizou também videoclipes para artistas como: Soraia Tavares (“*A Culpa é da Lua”*, *“As Cinco Coisas que Nunca te Disse”, “Au Revoir”* e *“Cupido”*), ZARCO (*“Vitamina Z”* e *“Spazutempo ao Vivo e a Cores”*) e As Crianças Loucas (*“Deitei-me no Chão”, “Lisboawood”, “Menina do Arame”* e *“Rio”*). Realizou também filmes promocionais para as companhias de teatro As Crianças Loucas (“*Lisboawood*”, “*A Noite Louca*” e “*E Todas as Crianças São Loucas*”), Palco 13 (“*Purificados*”), outro (“*Arena*”), Teatro dos Aloés (“*Lovers - Vencedores*”), Companhia de Actores (“*Xamamã*”) e Rita Delgado (“*Fim*” e “*As Estrelas Que Hoje Vemos Já Morreram Há Cem Anos*”). Colaborou também com a Fábrica das Artes do CCB para o qual realizou os filmes da campanha “*PlayCycle*” (2021), feita em colaboração com a United Colors of Benetton e a série documental “*Por Detrás da Cortina*” (2024).

Bruno Simão (fotografia) nasceu em Lisboa em 1979. Concluiu, em 2007, a Licenciatura de Teatro – Formação de Atores na Escola Superior de Teatro e Cinema. Destacando em 2008 a sua primeira criação teatral, a partir de "Quarteto" de Heiner Muller, numa co-produção com o Teatro Casa Conveniente. Continua no presente momento a fazer trabalhos de forma mais esporádica como ator, cenógrafo e figurinista, em produções teatrais, destacando o espectáculo o “À Espera de Godot”, encenado por David Pereira Bastos, onde foi ator, cenógrafo e figurinista, apresentado no Teatro Nacional Dona Maria II em 2020. Em 2010 concluiu o Curso Profissional de Fotografia do Instituto Português de Fotografia de Lisboa e trabalhou entre 2010 e 2018 como foto-jornalista para a revista Visão e o jornal Negócios. Em 2013 destaca o 1º Prémio na Categoria de Artes e Espetáculo no concurso Estação Imagem - Mora, com o trabalho de registo fotográfico do espetáculo “A Virgem Doida” de Mónica Calle. Continua no presente momento a sua especialização principal como fotógrafo de cena na cobertura de espetáculos de dança, teatro e música, colaborando com várias instituições como a Companhia Nacional de Bailado, Teatro Nacional de São Carlos, Culturgest, Teatro do Bairro Alto e outras tantas companhias/criadores individuais.